Webabel ou 1.275 maneiras de enlouquecer um Web Developer.

Seu micro roda Windows 3.1, 95, 98, Irix, Solaris, Linux ou Mac OS? Tem um processador Intel, Alpha, Risc, Power PC ou 64 K? E seu Browser? É um Explorer ou Netscape? Sua versão é 2, 3 ou 4? Qual o idioma do seu sistema operacional? E o idioma do seu Browser? Que plug ins você instalou no seu micro? O Flash 2 ou 3, o Real, o G2, o VDO, o Shockwave, o Cosmo Player, Quick Time VR? E o service pack do seu sistema operacional é o 1, o 2 ou o 3? E o do seu Browser? Quais as linguagens que seu site favorito usa? HTML? DHTML pra Netscape? DHTML pra Explorer? Javascript? Que versão de JavaScript? 1.0, 1.1, 1.2? E que comandos de Javascript? Java Applets? VRML? VBScript? Jscript? CSS?

Ah, ia esquecendo! Tem algum Fire Wall na sua rede? Você tem um administrador de rede com síndrome de perseguição? Seu provedor está bem humorado? Seu Caps Lock está ligado? Choveu na Bahia ontem? O Vasco ganhou do Barcelona? E a velocidade do batimento de asas das borboletas japonesas? E a equação do fractal de Benoit Mandelbrot?

Bom, é mais ou menos nisso que um Web Developer tem que pensar na hora que está planejando um site. Isso obviamente depois de ter avaliado quem será o público que irá visitar o site, qual o conceito criativo da interface e dos textos, a arquitetura da informação, etc, etc, etc.

Três modelos de atitudes são então tomadas como praxis do ofício.

Ao primeiro deles chamaremos de reducionista e consiste em escolher alqueles padrões que coincidem em todas as plataformas, sistemas operacionais, browsers e toda a parafernália. Esta é mais ou menos a opção que foi adotada quando a lógica da Internet foi criada, um milhão de web years atrás. HTML simples e bobo.

O segundo, que eufemisticamente chamaremos de inspirado (no sentido daquela inspiração que se faz pela boca e com sucção) significa sair surfando por aí, catar um monte de códigos de programação, modificar seus parâmetros e copiar para o seu site. Nada de errado nisso, atenção! É apenas um procedimento (aliás, dos mais comuns e que fazem da Internet uma ferramenta que cresce com a velocidade procriadora de um roedor). Esta técnica é legal também porque parte-se do pressuposto que se foi implementado aquele aplicativo naquele site, é aceitável supor que foi testado em outros microcosmos plataformas/browsers/plug-ins/linguagem. Portanto, não precisamos quebrar a cuca em testar.

O terceiro, que por fim, chamaremos de quebracuca, é aquele que consiste em testar em 1.275 micros, com todas as opções possíveis da equação do começo deste artigo, e desenvolver um site com formas de indentificação automática de cada uma delas. Isso também passa por um período de testes de aproximadamente 24 horas por linha de código do programa, ou seja, algumas décadas. Mas isso não adianta nada porque mais ou menos a cada 24 horas um maluco lá do Vale do Silício inventa um fator multiplicador de nossas 1.275 alternativas. Outra saída também quebracuca é de fazer uma seleção natural de configurações e simplesmente ignorar algumas em benefício da saúde do Web Developers. O terceiro caminho também é aquele que quebra paradigmas, impõe novos modelos, revoluciona a maior de todas as revoluções e faz babar o mundo.

Padrões ou tradutores universais na Webabel, não existem, não estão perto de existir e talvez nunca venham a existir. Vá dormir com um barulho desses!

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