Um dervixe reputado por sua sabedoria e paciência, qualidades raramente encontradas em uma mesma pessoa o que o tornava particularmente venerado, foi procurado por três web-designers, excitados e impacientes, qualidades muito encontradas nessa categoria de gente, o que faz delas pessoas especialmente irritantes, ainda mais para um contemplativo e sorridente ser de Luz.
Os três aventureiros aproximaram-se de Al Web Sabiah, esse era o nome do dervixe, e perguntaram:
– Al Web, você que muito sabe e muito tem para dar, diga-nos como alcançarmos o sucesso.
O dervixe, coçou pacientemente a omoplata direita e disse:
– A resposta a essa pergunta deverá ser individual, intransferível e vai exigir de vocês grandes sacrifícios.
Todos aceitaram em únissono, gritando e pulando como loucos, o que fez Al Web franzir o cenho e coçar o terceiro artelho esquerdo.
Acontece que os três compadres eram tão diferentes em intenções e saber quanto podem ser três caroços de uma mesma romã.
O primeiro Al Uno era sonhador e mentiroso. O segundo, Al Duo, por sua vez, pragmático e chato. Já Al Trio, o terceiro, era cuidadoso e medroso.
O dervixe, que já havia perdido todos os dentes de tanto morder em caroços de romã, particularmente naquela salada Fatouche do Arábia da Hadock Lobo, sabia muito bem com quem estava lidando.
Disse então Al Web para Al Uno:
– Você vai para além da transcaucasiana. Lá, você vai encontrar uma terra inóspita mas povoada de ingênuos e dóceis índios. O sucesso está lá, mas cuidado. Mentira é como leite de cabra, coalha rápido e quando coalha dá uma dor de barriga!
Para Al Duo, Al Web não poupou tampouco conselhos e disse:
– Al Duo, você vai para lá das montanhas Kut-u-Khan. Lá, você vai encontrar gente muito rica e generosa. O sucesso vai sorrir-lhe. Mas toda atenção é pouca. A caverna de tesouros, não aceita desaforos.
E a Al Trio, o mais jovem, disse o dervixe, já cansado de tanto esticar a mosca de sua barba venerável:
– Al Trio, se você quiser sucesso, você deverá ir para o deserto de Mob-id-Ikh. Lá você não vai encontrar ninguém. Ninguém para roubar-te as tâmaras da viagem. Mas, meu filho, preste atenção às cobras, às cobras, às cobras. Muito cuidado com as cobras.
O dervixe, pediu para ficar a sós e voltou-se para suas rugas cavadas em um movimento de extrema concentração meditativa ou se preferirem, sono profundo.
Os meninos foram-se ainda transtornados com os conselhos do sábio. Transtornados não. Amedrontados. Apavorados.
Al Uno partiu para a Transcaucasia e mentiu tanto, tanto e tanto que acabou contratado como bobo da côrte em Petrogrado pelo grande Czar onde fez carreira.
Al Duo, em sua montanha, roubou, roubou, mas roubou tanto que sua fama ultrapassou fronteiras e ele foi mandado buscar por Abu Pim Pol, rei da Tailandia, para um projeto meio astrônomico meio faraônico.
Al Trio, coitado, ficou lá no deserto e foi mordido por uma cobra.
E assim é contada a história em muitas feiras e caravansarás da Ásia menor. Muitos analistas modernos conseguiram identificar naquelas figuras os grandes arquétipos do homem:
O sonhador mentiroso porque nada combina mais com o sonho do que a mentira já que o sonho é sonho e só merece ser sonhado, não vivido.
O pragmático mala porque a vida sem sonho é muito chata e não merece ser vivida.
O medroso porque o medo não vale a pena. Nem na vida, nem no sonho.
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