Sexo virtual.

Outro dia, a Veja publicou uma vasta matéria sobre relacionamentos virtuais. Era de se esperar que além de ser um assunto velho a análise fosse superficial, apesar das pesquisas idiotas que sempre ilustram esse tipo de conteúdo.

No entanto, no momento em que uma revista como essa dá o destaque que deu a esse assunto, o mínimo que se pode inferir é que quem estava de fora disso está completamente por fora do resto também. Em outras palavras e me perdoem o radicalismo, mas quem nunca tinha ouvido falar disso está em coma, quem se surpreende, no manicônio e finalmente quem faz cara de nojo, deve ser extraterestre. A turma do eu-hein-deus-me-livre precisa se tratar.

Muito já se falou a respeito do que rola nesse tipo de relacionamento e para resumir a minha opinião eu diria que é quase sempre muito melhor, mais franco, mais honesto, mais verdadeiro e profundo começar um relacionamento pela Internet. É também mais sadio, mais aberto, democrático e sem preconceito. Em suma, é tudo de bom.

Mas eu queria ir além e me perdoem a falta absoluta de censura e moralismo. A experiência do chamado sexo virtual também é interessante.

Tem gente que vai dizer que não é sexo, é masturbação. Sei lá. Acho que masturbação é sexo também. Beijo de língua também. Certas carícias também. Para continuar no estilo nu e cru, onde há emissão e/ou troca de líquidos, há sexo.

Pois bem, quem nunca ficou excitado com certos estímulos visuais? Há algo de errado nisso? Certamente não. É condenável? Tampouco. Agora imaginem a mesma coisa só que tendo do outro lado uma interação, visual, escrita, falada? Não parece uma evolução? Não parece mais gostoso? Vamos ser cem por cento analíticos: parece sim.

Se concordamos, vamos em frente no raciocínio.

É evidente que sexo com contato físico é infinitamente melhor. No entanto, se estamos de acordo que entre a excitação através de estímulo visual sem interação e o sexo físico existe uma etapa como descrita acima, podemos introduzir dois argumentos que a tornam iresistível, salvo para os puritanos e platonicos de plantão.

Em primeiro lugar é mil por cento seguro tanto no que diz respeito aos riscos afetivos quanto aos riscos físicos.

Em segundo lugar e mais importante, nem sempre é possível, por questões diversas, praticar sexo físico mas podemos afirmar com pouca probabilidade de erro que a vontade de exercitar as zonas erógenas é sempre maior do que a possibilidade de fazê-lo a dois (ou mais de dois). Portanto fazê-lo usando a etapa do sexo virtual parece ser a receita mais indicada e prazeirosa, ao menos até inventarem outra coisa ainda melhor.

Acho que chegamos ao final do singelo raciocínio: relacionamentos virtuais são bons e sexo idem.

Pratiquem sem medo.

2 thoughts on “Sexo virtual.

  1. VOCÊ SABIA que existe ¨Dependência¨ ou ¨Compulsão¨ por internet, sexo, jogos, compras, comida, malhação, dietas, trabalho e até por mentir?

  2. Muito boa a matéria,espero que muitas pessoas ao ler essa matéria entenda que “sexo virtual” é um ato prazeroso,Todos nós temos um sonho erótico oculto, mas muitas vezes a falta de ousadia faz com que as fantasias não possam ser concretizadas. No entanto, elas continuam presentes e reaparecem nos momentos de solidão ou durante as horas de descanso noturno.
    No geral, as mulheres deixam sua imaginação voar, a questão é que poucas vezes concretizam o que querem, seja por vergonha ou temor por serem consideradas ousadas demais.Eu recomendo o sexo virtual
    A turma do eu–hein–deus–me–livre > praticar é sempre bom quem sabe se fizer sua cabeça não muda.

Leave a Reply to psiquiatria Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Connect with Facebook