A crise do retardamento mental na propaganda

Pronto, virou moda. A crise saiu da economia e entrou na propaganda. Crise de retardamento mental.

A moda agora é o saudosismo megalomaníaco e super produzido, a auto-ajuda coletiva, o clichê do clichê da propaganda do Estado Novo, da propaganda maoísta, neo-fascista. É o País-que-vai-pra-frente-em-berço-esplêndido-heil-mein-führer!

As cenas são Pedro Alexandrinos over-pós-produzidos; os textos, Stefan Zweig nanico; as locuções, pompas fúnebres; as trilhas ora singelas aquarelas, ora bandas sinfônicas de coreto e as mensagens comemoram o suor, o esforço e a perseverança tabajara.

O humor não é mais de circunstância: a ordem do dia é a grandiloqüência. A leveza e a poesia são coisa de veado. Contemporâneo é marchar de cabeça erguida varonil.

Por que será que nos deu esse surto de complexo de inferioridade? Os tenentes de pijama saíram do armário!

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