Uma empresa é uma cultura de bactérias taradas e, para procriar nesse ambiente, uma dieta se impõe. Aí vão três possíveis dicas de como gozar nessa sopa.
1. Senso crítico: consuma sem moderação
O senso crítico não é uma qualidade, é uma postura. É dizer não ao senso comum, vulgar justamente porque comum. A banalidade é um entorpecente cheio de radicais livres: envelhece e mata. A poção da fertilidade é destruir a golpes de espírito de a solução na ponta da língua.
2. Autocrítica: coma escondido
A autocrítica não é um talento, é um exercício. É se olhar no pior ângulo, forçar a barriga, não tomar banho para se lembrar que somos fedidos por natureza. É uma prática privada, íntima, solitária, porque autocrítica em público é pornográfico.
3. Não se levar a sério: a última garfada
O não se levar a sério é uma espécie de barra de energia. Dá uma força na última estocada. Quando o senso crítico e a autocrítica se esgotam, e até a mais perigosa posologia – a boa vontade e o carinho – sucumbem, relaxe porque sempre vai ter um papai sabe-tudo de plantão para te dar de mamar.
Cara seus textos são demais!!
Parabéns!
Delícia de texto .