Odeio o Arnaldo Jabor, o Diogo Mainardi e o Galvão Bueno

Ele é um vomitador prolixo de adjetivos. Há anos que fala a mesma coisa: sua indignação beira o histerismo. Seu jeitão pseudo-intelectualoide que maneja o verbo com uma erudição Wikipédia, flexiona a voz como um ator de novela mexicana. Ouvir o Arnaldo Jabor na rádio CBN, entre o helicóptero e as notícias do dia, é celebrar a segunda-feira com o mau humor que ela merece.

Já o segundo, é um doge de calça de veludo rota. Sua obsessão cáustica contra o Brasil e os brasileiros é quase engraçada. Mas sua amoralidade, aética, apartidarismo e a-qualquer-outra-coisa cansam até o mais azedo dos apátridas. O Diogo Mainardi é um personnal-luggage- arrumator competente: te manda nego, que aqui nunca vai prestar.

Finalmente, o imperador da Globo, estatístico de relevância duvidosa, o cheer leader televisivo, o criador de mitos, reis e santos de calça curta, o referido apresentador da Vênus Platinada, é um herói da resistência: quem é que ainda aguenta seu “Amigos da Rede Globo”?

O primeiro eu ouço, o segundo lia, o terceiro assisto religiosamente. Apesar do desperdício de paciência, algo ensinam essas grifes do jornalismo brasileiro.

Sabe aquele tênis velho, quase furado, quase puído, que não alegraria nem o mais pobre dos mendigos? Ouvir rádio é isso, o velho companheiro de armas, de quem se tolera até traição. O Jabor é uma injeção na bunda: dói, mas passa rápido.

A mídia impressa é mais seletiva, mais exigente, mais cansativa também. O Jabor no jornal não serve nem pra embrulhar o cocô do meu cachorro. Mas passo seus latidos (do Jabor) sem comprometer minha leitura. Já  Mainardi na “Veja” não é só um articulista articulado, compromete. Sua bandeira contamina a revista inteira e sua linha editorial.

O que se perdoa no rádio e no jornal pode ser bilhete azul para a revista, por definição sintética, e, portanto, da qual se presume extrair o sumo opinativo.

Na TV tudo é mais profundo. Nunca mais tive o azar de ver o Jabor no “Jornal Nacional”, mas prometo que da próxima vez que ele se atrever a interromper meu torpor, zapeio por superstição inamovível. Mas na hora do jogo importante, há alguma graça em assistir sem peso e circunstância? Sem xingar com outros milhões de torcedores? Futebol na televisão não é um prazer solitário é uma comunhão universal. É por isso que se quer um mestre de cerimônia que faça jus à catarse deliciosamente coletiva. O Galvão não é ruim para a Globo, é ruim para o país porque é na Globo.

À Globo nada se perdoa porque a relação é visceral, e as paixões têm razões que nenhuma razão é capaz de acalmar.

E na Internet? Santo RSS que me filtra todos os caga-na-saquinha!

16 thoughts on “Odeio o Arnaldo Jabor, o Diogo Mainardi e o Galvão Bueno

  1. Fernand,

    Isso porque você não nunca assistiu o Galvão Bueno no programa Bem-Amigos do Sportv, que vai ao ar todas as segundas-feiras a noite. É um show de grosseria e arrogância que Galvão impõe aos seus “amigos” comentaristas, convidados e espectadores. Ai de alguém discordar da sua opinião. Ele começa a falar mais alto e muitas vezes, de forma grosseira, impõe sua posição a qualquer custo. Chega ser um absurdo como ele, com esse jeito truculento ainda tem tanto espaço na Globo. Não combina com a Globo.

    Dos outros jornalistas não precisa comentar nada. Você foi preciso na sua análise.

    Grande abraço,

    Daniel

  2. Ele é Flamenguista mas isso não importa muito. Esse lado arrogante e prepotente ele só deixa transparecer na tv fechada. Na aberta ele não dá esse mole. Só o Arnaldo que de vez em quando fica caladinho com as broncas do Galvão.

  3. Muito bom todos os seus comentários . Confesso q foi dificil para de ler depois de começa-los. Uma curiosidade : essa foto lembra um serial killer californiano dos anos 70 e 80 chamado O Zodíaco , tem a ver ?
    Abraços ,
    Ivan

  4. Bater no Mainardi é moda… quer dizer, moda nào é pq, pelo visto, não é passageiro. Em 2005 ele contou pra todo mundo tudo sobre o mensalão, coisa que o delegado da PF confirmou agora no mais recente inquérito. Num país de babacas, é sempre bom um Mainardi nos apontando o dedo.

    Em relação ao Galvão, acertou em cheio.

      1. Palhaço, vá lá. Arrogante, vá lá. Agora, palhaço arrogante? Só falta o cara ser saopaulino!

  5. se o mainard contou tudo sobre o mensalão pq ele não contou tudo sobre o dantas ao invés de defendê-lo, será que é pq ele é contra o pt?

  6. Assino em baixo!!!! O Arnaldo Jabor é um demente conservador dando uma de sabichão indignado!!!! Que ele se foda e toda mundo que gosta dele!!!!!!!!

  7. Perdão pela minha indignação. Mas mas esse galo garnizé disfarçado de pitbull de ferro-velho, é um monstruoso canalha, que, de tanto disseminar (graças à Globo) seu ódio pelo fato de que a democracia finalmente está começando a dar certo no país, acaba quase acreditando em sua própria mentira maniqueístas, na qual, Serra na cabeça do imbecil, é a personificação do Bem e Lula, o sapo barbudo, representa o Mal. Fabricaram o Collor. Transformaram-no depois em demônio. Descartaram o alagoano como se não tivessem os jabors da vida participado da farsa grotesca de sua consagração e queda. Eles torceram muito para o país inteiro naufragar como o Titanic, no comando do sapo que virou presidente. Como tal não aconteceu, promovem essa jihad midiática. E é apenas isso que o pilantra é: terrorista suicida tal como sua comparsa, Regina, a “medrosa”.

  8. NELSON RODRIGUES DIZIA: “EU TEMO A ASCENSÃO DOS IDIOTAS!!!” ESTAVA FALANDO DO JABOR E TODA ESSA CANALHA OPORTUNISTA! TIPO : JABOR , DIOGO MAINARDI, NMELSON MOTTA,ETC… UMA CAMBADA DE ‘DERICOS’, OU SEJA: CONSULTORES DE ASSUNTOS ALEATÓRIOS!!!

  9. NELSON RODRIGUES DIZIA: “EU TEMO A ASCENSÃO DOS IDIOTAS!!!” ESTAVA FALANDO DO JABOR E TODA ESSA CANALHA OPORTUNISTA! TIPO : JABOR , DIOGO MAINARDI, NELSON MOTTA,ETC… UMA CAMBADA DE ‘DERICOS’, OU SEJA: CONSULTORES DE ASSUNTOS ALEATÓRIOS!!!

  10. Adorei esta publicação

    Até porque, é verdade, do primeiro absorvemos alguns parcos momentos de lucidez, embora o resto é como aquele disco que a gente comprava por que tinha uma musica muito legal, mas o resto era uma B…. e nem ouviamos até o final.
    Do segundo não dá para abstrair nada, é como aquela coisa do Paulo Francis , que por sinal é mentor dele, os dois são elitistas, toscos e cheios de processos, parecem pai e filho, desculpem o Francis era.
    O terceiro chega a ser folclórico, mas custa caro aos ouvidos , quando morrer vai virar herói, com o maior apoio da Globo para virar uma das maiores personalidades do jornalismo , com todo marketing que eles adoram, ainda vamos sentir remorso de ter falado do terceiro.

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