Muitos de nós abandonaram o hábito de abençoar o dia com a leitura de um jornal. Ele era uma espécie de despertar da consciência. Ler o jornal de manhã era uma corrente de conexão com o mundo. Mas para além dessa elaborada razão, o ritual era a inconsciente motivação, uma âncora que conforta a nossa dramática condição de merdinhas soltas no espaço.
Mas a gente resolveu achar que existiam maneiras mais rápidas, baratas e livres de interligar as baterias, de se informar e informar. Operamos a transferência do comando que nos pareceu justa e merecida. Não é mais um mundo peneirado, filtrado, manipulado às vezes, que me encontra na soleira da porta. Eu vou ao mundo se, quando, para o que e na plataforma que quero.
A gente resolveu desistir do ritual religioso – coisa de gente fraca! Mas toda renúncia tem um preço: onde diabo estão as coisas?
Search nelas!
Livramo-nos da dominação que se esconde por detrás de todo curador/editor e entregamo-nos alegremente na boca do caos mecânico, a mercê das ferramentas de busca na Internet.
Somos seus fervorosos devotos.
Vocês já conhecem o Busk?
Um agregador/search de notícias com funcionalidade intuitiva, simplicidade refrescante e lindo (a menos que a gente ainda ache bacana o design monástico do Google).
Um beta a quem entrego, com carinho, meu novo ritual diário.
A liberdade é o antônimo da devoção. Busk neles!
http://www.youtube.com/watch?v=_yPqROHLZ6w
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