Todo internauta é apátrida

Agora é a vez e a hora da policia de costumes censurar os jogos de azar na internet. Ainda que a iniciativa tivesse impoluto interesse, será que a Civil não tem nada de mais produtivo para policiar?

Uma mega-operação em 12 estados que começa hoje vai dar um trabalho e esforço danado.

Mas de que adianta secar as bancas nas lan-houses brasileiras e apreender seus bits se os jogos de azar são na maioria apátridas?

E nem se trata mais, apenas, de explicar para os diligentes policiais que é praticamente impossível controlar a origem dos servidores onde estão os tais caça níqueis, nem dizer-lhes que as lan-houses não podem ser responsabilizadas pelo prática “ilegal” de seus freqüentadores.

A questão é sociológica: apátridas são todas as pessoas que navegam na Internet. Nacionalismo e respeito às leis são conceitos que não fazem nenhum sentido nas plataformas digitais mesmo para o sujeito mais educado moral e civicamente na vida de todo dia. O comportamento de qualquer internauta, até o mais careta, ignora leis, tabus e identidades.

Mas esse entendimento está tão longe dos gabinetes, da burocracia e das forças declinantes que assistimos diariamente a essas trapalhadas.

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