Muitos anos atrás (uns oito ou nove), antes das autoridades saírem do armário, fizemos uma interessante experiência. Queríamos explorar a participação das pessoas em votações online. Foi uma das primeiras vezes que se fez um “escolha o final” na Internet, para uma campanha publicitária e para um grande anunciante. Obviamente, não havia muita grana para arregimentar votantes na Internet, afinal de contas as estatísticas davam conta de 5 ou 10 milhões de pessoas conectadas. Consultou-se o cliente – bem abençoada seja sua coragem e visão – e um singelo banner foi publicado em um site “de maior” (o consumo daquele produto anunciado também exigia maioridade). O resultado foi de derrubar servidores.
Recentemente, quando da aprovação da última mini reforma eleitoral, a decisão que isentou a Internet das regras de debate estabelecidas para os meios tradicionais de concessão pública (TV e Rádio), baseou-se num interessante conceito: “a Internet é território livre”. Podemos inferir que esta visão caracteriza um formidável esforço de modernização das mentalidades públicas. Território livre não é uma delimitação jurídica, é reflexo de uma prática universal. Assim é, queiram ou não, a Internet.
E agora já quer-se coibir o “jogo de azar” na Internet. A decisão sofisticou-se: já entenderam que não poderão proibir os sites de jogos, uma vez que eles funcionam fora do país e tampouco poderão perseguir os jogadores que facilmente escapolem pelo anonimato da rede. A idéia agora é punir os meios de pagamento (cartões de crédito). A repressão não é débil para sempre, embora seja muito simples abrir contas de meios de pagamento online (tipo paypal) para jogar sem deixar rastros, nem para o jogador, nem para o cartão de crédito.
A Internet não é um território moral nem legal.
Tenho uma idéia para o Senador Alves Filho (saca o site do cara), autor do projeto de punição das empresas de cartão de crédito: que tal proibir também os sites de sacanagem, seja lá por que meio burro ele sugerir?
PELAMÔ, não dá ideia !
Fernand, eles querem proibir só os “nossos” atos secretos. Os deles td bem…
meu deus. o cava tá certo! não dá idéia não, fernand! hahaha
…quem disse q eles vão querer perder esse “hobby”?