Semana passada, a policia anti-terrorista americana interpelou um ativista (e invadiu sua casa), sob a acusação de twittar para manifestantes da reunião do G-20. Aparentemente, o elemento estaria dando informações a respeito da movimentação da polícia (além de possuir uma foto do Lênin!).
O fait divers, que se soma a muitos outros usos do Twitter com finalidade pública ou politica (vide o Iran), levanta uma questão importante a respeito da liberdade e identidade das pessoas na Internet.
Em alguns países, o anonimato de um blogueiro é proibido. Em casos de crimes previstos em lei como difamação ou divulgação de conteúdos ilícitos na Internet, qualquer pessoa pode ser perseguida com quebra de sigilo autorizada.
Essa é uma das discussões que deve integrar o marco regulatório da Internet brasileira em breve.
A inocência do twitteiro americano é tão indiscutível quanto a culpa de muitas iniciativas ilegais que a aparente liberdade da Internet acoberta.
Como regular a Web?
De uma maneira geral, talvez baste seguir o exemplo da Inglaterra que simplesmente exige a identificação pública de qualquer autor. Ao invés de partir para ações criminais (como deseja, o senador tucano Eduardo Azeredo), medidas mais simples e civilizadas podem resolver.
A Internet é livre mas será que isso quer dizer que sua explosão depende do anonimato?
A liberdade é refém do anonimato?
O anonimato é precisamente o recurso que se usa para driblar possíveis coerções. Ladrões assaltam bancos com máscaras para não serem reconhecidos, terroristas idem e também vitimas de criminosos usam o anonimato para protegerem-se.
O anonimato não seria, ao contrário, uma espécie de covardia, assim como a falsidade ideológica? Desvios sérios de caráter? Na vida e na Internet também?
A liberdade, ao contrário é o corolário da coragem. Ser livre é não ter medo de pensar e agir. É não ter medo de assinar embaixo. É assumir opiniões e autorias. Na vida e na Internet também.
OW! Esse aí em cima, escondido atrás da arvore com o saco na cabeça… é você?
É uma homenagem aos anônimos cujos comentários eu não aprovo…
haha, boa!
Ótimo post. Aliás, ótimo blog.
Por mais que seja covardia, há elementos no comentário anônimo que só ele tem. Sinceridade absoluta e paixão. Por esse lado, tal prática tem seu mérito.
Bom ponto. Mas sinceridade sem autoria, pra mim, é falta de caráter.
BR-Linux: ‘Anonimato, liberdade de expressão e mais: conhecendo o Marco Civil da Internet’ http://oia.la/gma