Guerra de 100 anos. A cidade de Calais, no norte da França é sitiada pelos ingleses e resiste heroicamente. Numa sala da prefeitura, um grupo de notáveis burgueses da cidade reúne-se mais uma vez para decidir os termos de uma possível rendição e conseqüente exílio da população ou a continuação das privações. Esgotados depois de 11 meses de fome e doenças, o comitê toma uma decisão: o sacrifício. Os seis privilegiados caminham para fora da cidade, com a corda ao pescoço, portando as chaves da cidade e do castelo para implorarem a liberação dos habitantes da cidade, em troca de suas vidas. Imortalizados pelas crônicas medievais, os burgueses foram salvos pela clemência do Rei e a cidade torna-se inglesa sem infringir aos Calaisianos a vergonha de abandonar seus lares.
Muito mais tarde, Rodin fundiu os burgueses de Calais e eternizou a decisão excepcional e heróica.
Um dos maiores empata-samba da vida de uma empresa são os comitês que formalizam o futuro em discursos, atas e frases de efeito.
Efeito zero.
O tempo que se perde em reuniões intermináveis com alocuções técnicas de especialistas, pesquisa sonolentas e debates teóricos não passam, em sua maioria, de minuciosos diagnósticos, raríssimos planos, e quase nunca coloca-se a corda no pescoço que quem merece ou damos as chaves para quem pode agir.
Quando muito, gargareja-se a histórica análise, a visão, a missão, a vocação.
Vocação para o esquecimento.
Não há virtudes no diagnóstico, só na ação.
Herói é quem faz, mesmo que com o sacrifício da razão, da lei ou da hierarquia.
Puta que pariu, que te deu?!!!!
de tudo o que eu não sei, nem nunca, disso aí tenho certeza.
Bravo!!!
É isso aí , ” não há virtudes no diagnótico , só na ação “.
Muito bom!