Uma mídia pode ser classificada de diversas formas: suporte físico, periodicidade, linguagem, público, distribuição, comercialização, etc. No entanto, convencionou-se separá-las pelo primeiro critério.
Grosseiramente, um jornal e uma revista são impressões em papel “de Jornal” ou “de Revista” respectivamente, a TV é aquela tela que emite luz, o Rádio é uma caixinha que recebe ondas de rádio, e por aí vai. A Internet, se mídia for, é aquela coisa que se recebe através de um computador.
Aqui começa a primeira confusão porque essa Internet aí, se mídia for, pode estar em outros suportes físicos e o jornal, a revista, a TV, o rádio podem estar no computador.
Existia o reino animal, o vegetal e o mineral. Nunca entendi porque se chamava de reino nem a qual pertencia a gripe, a micose, minha avó falecida e Jesus. Daí inventaram outros reinos, como o dos fungos, dos vírus e dos espíritos.
A Internet, se mídia for, bagunçou, e temos uma atávica dificuldade de entender enquanto não formos capazes de propor outra forma de classificar e, se for o caso, criar outros reinos.
Ainda existe outra maneira de classificar as mídias: o formato de comercialização de publicidade. Tem as mídias que “vendem” centímetros e são os jornais; outras, páginas (múltiplos e frações) e são revistas; segundos de áudio e vídeo e são as TVs, segundos de áudio e são as rádios.
E tem a Internet, se mídia for, que “vende” pixels (uma forma mais moderna de falar centímetro), interrupções flutuantes ou saltitantes (a página reinventada), segundos de áudio e vídeo, e palavras-chave, e conteúdos patrocinados, e invisibilidades e o que chamam eufemisticamente de propaganda de contexto.
Qualquer tentativa de classificar a Internet, se mídia for, é um fracasso.
E se a Internet só fosse mídia para os autores, os teóricos, os professores?
E se a Internet fosse assim: é jornal no caso dos jornais na Internet, TV, rádio, revista para a TV, rádio e revista online?
E se a gente só falasse de marcas de comunicação e pouco importasse o suporte e o formato de publicidade?
E se a gente simplesmente parasse de classificar?
Quem é que vai sentir falta, de verdade, dessa classificação pouco prática? Estatísticos, Jornalistas, Economistas?
E se não existisse mais Jornais, nem Revistas, nem Televisão, nem Rádio nem Internet?
Se a gente comprasse (e vendesse), por exemplo, a Globo, O Globo e a GloboNews?
Acho que isso é do ser humano mesmo. Uma vez eu comentei com um amigo que a nossa percepção está ligada as nossas experiências passadas. O jornal, a revista, a tv, o rádio, foram modelos fáceis de entende e classificar, agora as pessoas precisam apoiar o seu raciocínio em algo que elas conhecem e convenhamos: a internet com seus poucos mais de 5 mil dias é algo novo e desconhecido para os investidores e suas horas escassas de aprendizagem.
FA
este nao seria o conceito de plataforma de comunicação?
lembro que esta discussao sobre internet midiaXambienteXplataforma era comum lá em 99/2000 mas a unica forma que se achou de entrar no bolo da publicidade foi se posicionando como midia. Naquela epoca todos os navegantes queriam ser Midia, estar perto das agencias e do glamour(risos!). o mkt direto perdeu a chance, a promoçao ate agora nao entendeu pra que serve e ficamos nisso.
por tudo que tenho lido acho que isso é uma tendencia sim.Uma marca tem um range de audiencias/pessoas/targets e um produto faz a comunicação para aquele publico, independente do meio e depois a junção das metricas mostra o resultado.
As dificuldades passam por ter um filme,um anuncio, banners(que o cliente nao quer pagar) spot/jingle, vinheta, chamada, wap site, sms………. e uma agência que seja capaz de pensar na estrategia como um todo e não somente na remuneração dela mesma.
O início do seu comentário ilustrou o que eu sempre achei e me salvou na criação de um equema gráfico par o assunto.
Eu brigo pelo fato de que a Internet não é um mei concorrete do Rádio, mas agregapor ser mais um canal de transmissão.Para mim, a INTERNET SEMPRE FOI A TECNOLOGIA DA CONVERGÊNCIA.
abraço
@tatguimaraes tb… e com o nivel de “baixêsa” da midia local a qual infelizmente trabalhamos