O velho estava triste. A mulher sofria na cama.
– O patrão poderia mandar um doutor? Por favor?
– Claro, Adilson, logo, logo ele vai chegar.
Meses depois, o patrão visita o casebre.
– Como vai Adilson? E sua esposa?
– Ah, patrão, ela faleceu.
– Mas e o médico? Não veio?
– Veio sim Senhor. Muito atencioso. Cuidou dela.
– Sei
– Não se preocupe não patrão, ela morreu bem melhorada.
Ninguém nem pensa em tirar a bunda do cofre. “Meu conteúdo, minha produção, libero não”.
E assim, nesse desespero, os produtores de conteúdo, os veículos de comunicação, constroem barricadas legais em volta de seus tesouros.
Ensaiam o abrir/fechar/abrir/fechar mas ao invés de dedicarem-se racionalmente a vender o conteúdo, de maneira viável, possível, justa, cômoda, em pedaços, barata, acreditam na honestidade da raça.
A Internet cortou a água e a luz dos caras. A plebe está lambendo os beiços.
nao entendi bulhufas…
bulhufas é assim: ao invés de viabilizar a distribuição de conteúdo, só se pensa em proteger-se dos piratas. acontece q os piratas já invadiram a praia e ninguém tá querendo ver.
Responda rápido: se seu jornal preferido fechasse o seu conteúdo para assinantes on-line (se é q ele já não fez), vc toparia pagar? Se sim, em que condições?
é o cadaver sorridente