15 minutos antes de morrer, eles ainda riam

O velho estava triste. A mulher sofria na cama.

–       O patrão poderia mandar um doutor? Por favor?
–       Claro, Adilson, logo, logo ele vai chegar.

Meses depois, o patrão visita o casebre.

–       Como vai Adilson? E sua esposa?
–       Ah, patrão, ela faleceu.
–       Mas e o médico? Não veio?
–       Veio sim Senhor. Muito atencioso. Cuidou dela.
–       Sei
–       Não se preocupe não patrão, ela morreu bem melhorada.

Ninguém nem pensa em tirar a bunda do cofre. “Meu conteúdo, minha produção, libero não”.

E assim, nesse desespero, os produtores de conteúdo, os veículos de comunicação, constroem barricadas legais em volta de seus tesouros.

Ensaiam o abrir/fechar/abrir/fechar mas ao invés de dedicarem-se racionalmente a vender o conteúdo, de maneira viável, possível, justa, cômoda, em pedaços, barata, acreditam na honestidade da raça.

A Internet cortou a água e a luz dos caras. A plebe está lambendo os beiços.

3 thoughts on “15 minutos antes de morrer, eles ainda riam

  1. bulhufas é assim: ao invés de viabilizar a distribuição de conteúdo, só se pensa em proteger-se dos piratas. acontece q os piratas já invadiram a praia e ninguém tá querendo ver.

    Responda rápido: se seu jornal preferido fechasse o seu conteúdo para assinantes on-line (se é q ele já não fez), vc toparia pagar? Se sim, em que condições?

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