Antigamente, chamavam de degenerados todos aqueles que não se qualificavam em nenhum rótulo, nenhuma categoria, nenhum propensão, comportamento, crença, profissão. Os esquisitos eram degenerados.
A liberdade de opinião, de fé, de sexo, a liberdade de pensamento estranha. Como preencher os currículos, os perfis e os títulos quando se acorda de esquerda e vai dormir de direita, marcha-se agnóstico e se interna temente a Deus, apaixona-se por pessoas e não sexos, muda-se de convicção ao sabor da reflexão e emoção?
Pois perguntam às vezes qual é a principal qualidade de um publicitário – ou, para não generalizar – de um planejador – ou, para não correr nenhum risco – daqueles que admiro.
Se pessoas não são controles remotos, prefiro os livre pensadores, os esquisitos, degenerados.
Nada mais entediante do que a recitação, a citação, a referência. Nada mais chato do que os manuais, os professores, as metodologias, as conferências. Nada mais triste do que aquele que pensa pela cabeça dos outros, cita doutos aforismos, estudos de casos e experiências alheias antes de permitir-se a reflexão original.
No currículo, mais vale a paixão do que o curso e o prêmio.
Mais vale o leitor de Melville, amante de novela, fã de rock ou pagode do que o recitador do “guru” em voga.
todo profissional precisa ter um bom nível de liberdade para se expressar, e também criar experiências próprias. Acredito que você tenha falado paixão como experiências e vivência próprias. Concordo, mas acho que nem tudo pode ser baseado em paixão. Precisa de um meio termo entre razão. Encontrar a medida certa de cada coisa em cada momento, o mesmo para quando se está dentro de uma agência ou jornal, encontrar um vaga que adeque ao seu perfil. Até porque acredito na frase que ouvi “A melhor faculdade de publicidade é a agência.”
Sobre o recitador de “guru” muitas vezes acaba sendo vício mesmo, essa “geração internet”, me encaixo nisso, lê e acompanha muita coisa, mas dificilmente se entrega a algo de forma profunda. (paixão)
apenas opinião de um mero leitor.
endoço o discurso, acredito que seja melhor para todos, criam-se novas maneiras, novas formas, nova linguagens, já que o mundo está em constante transformação. Façam o aquilo que acreditem e não aquilo que nos é colocado como verdade absoluta, presenciamos diariamente campanhas, pessoas e gurus dizendo para os consumidores produzirem os seus conteúdos, isso não é utopia ? pois afinal de contas as própias empresas não deixam que seus profissionais produzam aquilo que eles realmente acreditam.
de novo, está dito.
no máximo, constatemos que é uma pena a geração que frequenta as agências seja tão na maioria amorfa, que escondem atrás do ser político personalidades ordinárias, sem sal, ou graça, uma pena que tenhamos atraídos tantos que estaríam melhor longe daqui.
eh por isso que todo mundo ai vai embora cedo
Sorte nossa que a Claudinha e o Paulo não deram à luz a um desses gurus mequetrefes em voga.
Feliz aniversário!! Bjs. Ligia
o cara faz aniversario e fica preguiçoso.
A referência é importante, como repertório. E ponto. Nada mais chato do que um papagaio de termos….
Concordo com você, menos na parte em que você cita os professores como chatos, na realidade eles que podem fazer toda a diferença.
O mundo se tornou muito complexo. A especialização se tronou uma regra de sobrevivência. Eu não tenho tempo, nem capacidade de saber de tudo, de me informar para formar minha opinião sobre tudo. Por isso, sim, preciso que pessoas mais capacitadas e focadas em assuntos que me interessam ou dos quais necessito pensem por mim. E depois, eu, parasita da inteligência, as absorva para saber o que eu penso. Isso é compartilhar e utilizar as ferramentas da tecnolgia para ruminar informação. Livre pensar sem consistência ou conteúdo é idiotice. O que também não tem a ver com idolatria.
Abs.
Conclusão treinamento de Planejamento Estratégico e metodologia do BSC, realizado pela SEPLAN através do PNAGE http://migre.me/yfqt