A comunicação é a mais desafiadora das missões porque é uma impossibilidade humana. Transformar nossos monólogos esforçados em interação é uma quimera. O discurso, por mais elaborado e preciso, e embora intencionalmente dirigido, não passa de um espelho embaçado.
De que adianta perguntar se a resposta é sempre uma mentira descarada?
A gente pergunta “você gosta?” ou “você concorda?”. E eles respondem com uma única vontade: a de passar adiante. O “sim” ou o “não”, quando muito, são circunstancias e passageiros. E quando elaborados, lá vem aquele monte de resposta óbvia.
Sem falar, claro, da nossa formidável capacidade interpretativa de transformar, adulterar e fantasiar as respostas ao sabor das nossas próprias convicções ou intenções.
As pesquisas são isso aí. Queremos que os caras confirmem nossa crença. Não estamos preparados para confissões.
A gente devia observar mais e interrogar menos. Anotar o que se vê, se sente, se intui e descartar o que se diz.
Esse é o único método.
E através da linguagem expressar o que o mundo nos revela.
Sempre muito bom ler seus textos e acompanhar o pensamento de um profissional como você. Nos estimula enquanto planejadores, independente da realidade em que atuamos.
Diz Luiz Torres que parece que usou o nome de Pombal para pagar a pesquisa da Lena @Humbeorescuta O que ele tem feito ai por pombal?