A China é aqui e não tá nem aí

Um amigo comprou um celular novo. Aceita dois chips, tem televisão, google maps, wifi e todos os apetrechos indispensáveis. Ainda por cima é bonitinho que só. É quase um Nokia. O iphone é uma moça, uma florzinha bem fresca perto do ching ling pau pra toda obra. Se algum gaiato resolver colocar o bichinho no liquidificador, pelo menos ele só terá perdido 250 pratas.

A ameaça do Google de sair da China é uma pendenga quixotesca. Em nome de que o Google está brigando? Dos chineses ou do nosso conceito ocidental de liberdade? A ameaça da China de expulsar o Google é de uma hipocrisia milenar. Em nome de que a China está discursando? Do comunismo de estado ou do liberalismo econômico?

Falar chinês não é mole não. Uma mudança imperceptível de pronuncia transforma “a professora é muito boa” em “a professora é um cocô fedido”. Mais ou menos por isso, a China não empunha exatamente as mesmas bandeiras que o Google ou a Nokia ou a gente.

A diferença é que a Internet na China tem 26% de penetração, ou seja, 351 milhões de pessoas, ou ainda, quase 2 vezes mais americanos com internet.

A penetração de celular na China é de 52%, ou seja, duas vezes a população inteira de americanos, incluindo cachorros, gatos e jacarés.

Se a China consegue vender um celular “Nokia” a 250 mangos, incluindo todos os “impostos informais”, alguém duvida que o “Google” chinês deve ser uma réplica mais fiel que o original?

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