Restaurante em Nova York. Na mesa ao lado, a mesma face de moedas de latitudes opostas conversam.
O primeiro é brasileiro, novinho-rico.
Não confundir com o novo-rico, esbanjador descontrolado, nem com o novo-riquinho, filho deste. O novinho-rico acabou de ganhar algum dinheiro, ainda dá um duro danado e já projeta seu status futuro em todas as falas.
Nosso espécime vomita manchetes da revista Exame, pontua banalidades econômicos e na falta de pontos de exclamação, abusa dos gestuais para suprir seu vernáculo primitivo. Por isso sua.
Do outro lado, o sujeito é americano, benzinho-nascido.
Não confundir com o bem-nascido, discreto mas empinado, nem com o bem-nascidinho, seu neto. O benzinho-nascido tem a grana necessária para o clube de golfe e as férias no Colorado, mas não suficiente para viver de pijama.
O Yankee é treinado para ouvir sem dar atenção, aquiescer sem concordar, franzir o cenho sem enrugar. Por isso finge.
O primeiro, de moleton comprado em outlet de New Jersey, quer o status presumido do segundo.
O segundo, de gravata amarela e lenço bem dobrado no bolso, quer a grana suposta do primeiro.
Apesar de completamente diferentes são idênticos na essência: ignorantes, preconceituosos, provavelmente machistas, certamente de direita.
O primeiro é o novo Brasil, trabalhador arrivista. O segundo é a nova América do Norte, esnobe interesseira.
Um Novo Brasil e uma Nova América – http://www.alphen.com.br/2011/01/14/um-n…
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coloque um francês na conversa please
fiquei bastante curioso ouvir desse cara aí que escreveu essa manhã onde entraria o francês, ou qual francês ele escolheria
gostei do mal humorado generalista mas divertido
um francês
ou um inglês, mas inglês para um francês poderá ser óbvio, um francês por um francês não