Não, eu não quero comprar a nova safra de nenhum vinho. Não, eu não quero desconto na academia. Não eu não quero branquear meus dentes, nem uma pizza de graça na compra de uma esfiha.
Não, não e não, eu não quero comprar nada que eu não queira. Já sou bem crescidinho pra saber que, se eu quiser um desconto de 50% em alguma coisa, é só juntar uma galera com a mesma intenção.
Alô, gênios, essa revolução aconteceu séculos atrás quando descobrimos que, quanto maior a demanda, maior a economia de escala e, portanto, menor o preço.
É justamente por isso que a gente faz propaganda para um monte de gente, partindo da premissa de que as pessoas têm desejos inconscientes de coisas que eles nunca imaginaram querer. É o que chamamos de geração de demanda. Gerando demanda, o preço cai, parabéns aos brilhantes garotos que inventaram os famosos clubes de compra online.
Parabéns também aos milhões de dementes que se conectam com esses clubes porque eles certamente irão fazer incríveis negócios, mesmo que jamais os realizem. Toda mulher de malandro sabe disso: se não encontra afago positivo, leva porrada. E gosta. Afinal de contas, quem resiste a uma liquidaçãozinha? Mesmo que não seja o seu tamanho nem sua cor preferida, com esse desconto também, pudera!
Toda essa genialidade reunida balançou o rabo na cauda longa e a cauda longa deu a pata. A mídia também, sedenta de um assuntozinho qualquer para preencher a editoria de Nova Economia, já vaticinou a surpreendente, estonteante tendência. E lá vai a velha economia, do alto de seu empoeirado poleiro, solicitar planos, estratégias, para abocanhar também este novo mercado.
Enquanto a economia da miséria humana consome emagrecimentos milagrosos e outras mezinhas, tem gente enchendo a pança, vendendo a privacidade alheia.
Os clubes das inutilidades coletivas – http://www.alphen.com.br/2011/02/01/os-c…
RT @Alphen: Os clubes das inutilidades coletivas – http://www.alphen.com.br/2011/02/01/os-c…
Fernand, este negócio realmente está se expandindo, muito além das pizzas 🙂 http://www.peixereca.com.br/
haha, miséria humana: comer e coçar, é só começar.
Concordo com a crítica. Só queria fazer um reparo ao uso da palavra “inconsciente”. Primeiro porque não penso que toda geração de demanda é, ou foi, construída sobre desejos inconscientes. Às vezes, é sobre desejos conscientes mesmo: “putz, queria alguém que lavasse meu carro” e – shazam! – nasceu o lava-rápido. “Queria que alguém trouxesse a pizza em casa” e – shazam! – nasceu o delivery. Segundo porque o próprio uso indiscriminado da palavra foi deixando seu significado meio distorcido. Significado sempre bastante discutido e hoje muito ampliado, principalmente por Mestre Gaiarsa. Você nunca leu? Tente “Meio Século de Psicoterapia Verbal e Corporal”. É denso, difícil, amplo, perturbador, esclarecedor, genial. Você vai gostar, Alphen.
Existem grandes nomes do mercado que devem ser sim respeitados e admirados por seus grandes feitos, mas, as vezes, essas personalidades escrevem algumas coisas inacreditáveis.
Entendo que é melhor fazer ECONOMIA sendo MISERÁVEL, do que consumir INUTILIDADES vomitadas pela propaganda e levar anos para limpar esse vomito.
Parabéns a todos os iludidos que compraram produtos e serviços depois de serem atingidos por uma propaganda com seu tiro certeiro. CLARO iludidos, vocês serão pessoas melhores se comprarem, irão mais longe, conquistarão o mundo, realizarão seus sonhos, APENAS FAÇAM ISSO, comprem, não precisam correr atrás do gênio da lâmpada mágica, mas se quiserem a propaganda traz ele pra você.
Só lembrando que a pança publicitária vem se enchendo a custa do povo há anos, ou será que esvaziou com aquela REDONDA que NÃO ESTUFA?
Wow, Jamil. Respeito a sua opinião apesar da pequena ofensa indireta.
A propaganda teria melhores defesas do que aquela que você presume que fiz, te garanto.
Só comentei q a lógica dos clubes de compra é mais ou menos a mesma (o que, inclusive, seus próprios idealizadores já disseram).
Se você ler com cuidado meu post, perceberá q talvez tenhamos mais pontos concordantes do q discordantes.
Fiz uma análise satírica mas o que realmente preocupa é a última frase do meu post.
Alphen,
Também sou publicitário e em nenhum momento quis lhe ofender, só fui um pouco sarcástico, como disse no começo, acompanho seu trabalho e acho muito bom, você é referência no mecado, mas, entendo que chamar o consumidores desses clubes de dementes não foi legal.
Entendo que demência de consumo pode ser gerada pela propaganda também.
E sim você tem razão, hoje vende-se privacidade por atacado, complicado, mas isso não tem haver com o negócio e si, e sim, com a má prática de gananciosos que existem em todo lugar.
Tem razão, mas vamos dizer que foi uma licença literária 😉
rebolation
no ano passado, a cada 10 dias do segundo semestre aparecia alguém querendo informações para contratar minha empresa para gerenciar a presença digital deste tipo de negócio. A primeira pergunta que fiz a todos foi: por favor, cite 3 diferenciais do seu negócio de compras coletivas em relação ao melhor player deste segmento.
não consigo entender porque a maioria gaguejou, se perdeu, tentou me enrolar quando a verdade era bem clara: nem eles mesmos sabiam.
felizmente, até o momento, não fechei contrato com nenhuma empresa deste segmento, pelo simples fato de que não vendo o que eu não acredito.
abração alphen.
Nem tudo que é novo é fácil de se acreditar. É compreensível, acreditar em algo, ser empreendedor é um dom para poucos.
Para melhorar isso sugiro ler essa reportagem incrível de uma pesquisa feita sobre um mercado que ainda tem pessoas que não acreditam.
http://www.bolsadeofertas.com.br/pesquisa-revela-que-sites-de-compra-coletiva-sao-o-melhor-meio-para-publicidade/
Sería interessante dar uma lida nessa matéria! talvez volte atrás nos seus delírios mercadológicos ultrapassado assim como a mídia e o marketing tradicional.
http://www.bolsadeofertas.com.br/pesquisa-revela-que-sites-de-compra-coletiva-sao-o-melhor-meio-para-publicidade/
De fato existem muitos sites no mercado, o que acaba por banalizá-lo, o que para mim, não justifica esse post mal educado.
Não creio que os consumidores desse mercado sejam dementes, já que existem ferramentas que auxiliam na busca por ofertas específicas, logo qualquer um pode achar praticamente tudo que quiser.
Gostaria de lhe dizer também, que tem muita gente séria nesse ramo, não só aventureiros ou oportunistas de momento, sou publicitário formado e quando prospecto parceiros, vendo o veículo de mídia que trabalho e seus diferenciais, não apenas retiro um pedido de oferta e jogo na rede.
Faço um trabalho de parceria com o anunciante, e até então venho alcançando êxito, já que tenho conquistado satisfação de clientes do site e parceiros.
Mas a idéia deve ser realmente banal, afinal qualquer fulano reúne 10, 20 zezinhos e consegue 50% de desconto, acho que não é tão simples assim…
Veja a pesquisa feita recentemente na Austrália:
http://www.bolsadeofertas.com.br/pesquisa-revela-que-sites-de-compra-coletiva-sao-o-melhor-meio-para-publicidade/
Não acho certo você jogar todo site de compra coletiva na mesma vala…
Falou e disse Raphael.
Será que só o que serve em termos de marketing é o que se aprendeu na faculdade a uns 20 anos atrás?
Quanto ainda precisará crescer a compra coletiva para que os mais incrédulos comecem a acreditar no poder que ela tem?
Outro dia um cliente me falou o seguinte: ” minha vida era uma antes de anunciar com vocês, hoje é completamente outra”. Detalhe importante, ele sempre anunciou em mídia impressa tradicional e nunca obteve tanto resultado quanto agora.
( metáfora) Será que todos os loucos estão na cadeia e apenas o xerife está a solta?
Grande abraço!
Acredito que esses argumentos são como um ataque estérico de falsa rebeldia, pois é claro que você compra o que quiser, mas isso não impede que o mesmo seja oferecido, ou você também quer acabar com o setor de vendas de todas as empresas??
Desafio você então, a juntar 10 amigos e ir numa pizzaria, e na hora de pagar a conta, pedir 50% de desconto. Pois como você mesmo citou “Já sou bem crescidinho pra saber que, se eu quiser um desconto de 50% em alguma coisa, é só juntar uma galera com a mesma intenção.”
Grave e publique o vídeo dessa tentativa.
Caso você consiga, sem nenhum outro artíficio que não seja a demanda, me unirei à você na luta contra esse novo e ótimo mercado.
Concordo em 10% do que falou e discordo em 90%. Sou formado em Marketing e vejo a crescente e contínua mídia web como rota fundamental no futuro das empresas. Analiso os sites de compras coletivas como mais uma ( acredito que a mais importante ) ferramenta de extrema importância para pequenas, médias e até grandes empresas. Dá-se pelo fato da visibilidade, exposição da marca e consequentemente um aumento no volume de vendas.
É um assunto bem complexo e com diferentes pontos de vista mas asseguro que não é uma ”modinha” passageira.
Grande abraço
Fernand
Sinto muito mas discordo totalmente do seu texto, que os portals de compra coletivas são u, grande negocio tanto Como estrategia de marketing Como financeira.
Sou dono de um portal e Tenho diariamente o feedback de Meuse clientes. Se quiser posso te posicionar melter sobre o tema, me envie um e-mail com seuss questionamentos que eu explicarei tudo!