A matéria prima de uma agência de comunicação é o talento criativo e por isso, seu centro nervoso é a capacidade de atração de talentos humanos.
O sucesso é portanto diretamente proporcional a esse magnetismo encarnado, alimentado pelos investimentos aparentemente irracionais nas vistosas premiações ou em campanhas de auto-promoção. Magnetismo, premiação e auto-promoção soam como vaidades mas são armas, conscientes ou inconscientes, de retenção e atração de talentos.
A relação entre mestre e discípulo muito mais do que patrão e empregado estabelece o núcleo propulsor da reputação criativa de uma agência. Só dinheiro compra mas não fideliza e é uma espécie de equação que conjuga admiração e inveja, respeito e submissão que cimenta a relação.
Talentos são vaidosos por defesa e reflexo de sobrevivência. Mas a vaidade tem poder corrosivo de personalidades e contatos humanos, portanto, agências de comunicação estariam vaticinadas por uma auto-imunidade destrutiva?
Sim, quando a vaidade se eterniza mais por poder e menos por talento. Não, quando a vaidade se transmuta em reconhecimento e transferência.
Vaidade poderosa é tirania. Vaidade humilde é sabedoria.
Falphen, o som do seu texto é extraordinário.