O improviso domesticado

É da natureza de uma agência de comunicação abrigar e atrair talentos com personalidades e gostos distintos. Dessa miscigenação, nasce uma sadia e criativa colisão de pontos de vista. E quanto mais diversos forem os clientes, mais mestiço deve ser o capital humano de uma empresa de comunicação.

Ainda que existam agências com personalidades marcantes e que ainda ditam uma espécie de ética criativa, seu sucesso fica confinado a uma demanda igualmente teimosa. Em um mundo metamórfico, que cultiva a colaboração e celebra a interação, tais posicionamentos são quitoxescos ou caducos.

Mas se é mais contemporâneo, vibrante e criativo conviver com a diversidade, é mais desafiador encontrar um foco convincente, seguro, vendedor. No modelo antigo, era acertar ou errar na mosca (tendendo ao erro reincidente). No novo, o erro é menos frequente, mas os acertos mais diversos. Quanto mais ricos os pontos de vista muito mais difícil ser afirmativo e seguro na recomendação proposta.

E por enquanto só tem um jeito de unir diversidade e assertividade: teatralizando as apresentações. Só tem um jeito de convencer: ensaiando o show.

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