Jornalista é chato e publicitário, bobo

Quando já não sabemos mais a fronteira entre conteúdos jornalísticos e publicitários – se é que algum dia houve tal distinção – está cada vez mais difícil identificar a diferença de talentos exigidos pelas respectivas profissões. Porque as duas profissões têm uma relação de sado-masoquísmo ancestral, a conjugação conceitual das duas técnicas e éticas, tem sentido.

Há quem diga que o jornalista dirige e o publicitário é carona. Outros diriam o contrário: que o publicitário é a ama de leite, o jornalista o bebê chorão. Mas se bons jornalistas podem ser bons publicitários e vice versa, a cerca está a cada dia mais fácil de pular porque a amizade entre as empresas de mídia e as agências é colorida.  Ainda mais quando quem paga a conta, o anunciante, rege a discórdia pacífica: “to pagando, pô”.

Há quem diga que o repertório jornalístico é erudito e denso, que o publicitário é popular e superficial. Outros preferem dizer que jornalista é chato e publicitário,  piadista. Mas se bons jornalistas fazem publicitários prolixos e bons publicitários fazem jornalistas preguiçosos, a troca de pontos de vista pode ser boa.

Há quem diga que a imprensa é ranzinza e padece de senilidade precoce. Há quem diga que a publicidade é debilóide e com espinhas incuráveis.

6 thoughts on “Jornalista é chato e publicitário, bobo

  1. Acho uma besteira e uma infantilidade tamanha essa discórdia entre Publicitários e Jornalistas… acredito que sendo Prolixo ou Sucinto o que impera é o SABER. E sinceramente quem sabe ser Sucinto… consegue perfeitamente ser Prolixo e vice-versa… o que decide o estilo é apenas a necessidade do CLIENTE. Ótimo artigo!=))

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