Cada vez que o assunto aqui é pesquisa de comunicação, a curva de audiência alcança os pícaros dos 15 minutos de fama.
E quanto mais radical for a opinião, quanto mais direta, quanto mais destruidora, mais júbilo. O jargão assinado tira da reta o reto de quem cita. Só isso é um sinal.
As pesquisas de comunicação fazem muito mais estrago nos resultados objetivos das marcas do que na moral dos publicitários e profissionais de marketing, ambos vítimas conformadas da própria criação.
O problema concentra-se na presunção da verdade.
Pesquisas do tipo alegado são contratadas como pitonisas. Prevendo o futuro com o insidioso poder de manipular seus atores, não passam de catalisadoras de mentiras e interpretações corrompidas.
Primeiro porque não existem verdades quando tratamos de emoções humanas. Não existem verdades em intenções, pulsos, reflexos e sonhos.
Segundo porque, na vida, não há causa e efeito nem determinismo. Consumidores são pessoas, portanto, como nós, vogam ao sabor de seus desejos e à deriva.
Terceiro porque o consentimento social é mais poderoso do que a opinião. A aprovação do grupo altera a verdade íntima, a memória e até as convicções mais sangúineas.
E quarto porque quem lidera, modera, interpreta e decide as pesquisas também é gente, ou seja mente, divaga e teme o próximo.
A propaganda é um teatro grostesco em que marionetes cambaleantes fingem a verdade nas mãos de gepetos manipuladores.
Brilhante. Para ler e guardar. RT @Alphen Publicitário e profissionais de marketing: vítimas da própria criação – http://t.co/AJWVvoRa
A propaganda é um teatro grostesco em que marionetes figem a verdade nas mãos de gepetos manipuladores. @Alphen http://t.co/BzPi7S7r
Luz e lucidez sobre a pesquisa. do @alphen
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Brigo pela mesma coisa já há uns anos. Sempre acho ótimo quando um profissional como você dá evidência a essas percepções tão pulsantes – tantas vezes tão óbvias. Acrescento: recusemos poder aos gepetos (o máximo possível) que na propaganda o teatro será menos grotesco e haverá menos marionetes. Inclusive na forma como muitos “colegas” veem o público.
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e agora tem uma em que as pessoas são plugadas com eletrodos. sinceramente, não sei o que é pior: a opinião tosca do moderador (já ouvi cada coisa…. “esta cena tinha que ser mais clara”, “aqui tinha que ser mais azul, mais parecido com o animatic” e “o começo deste filme é muito deprimente”… algumas das pérolas proferidas por institutos globalizados e caros) ou o “cientificismo” do tal do neuromarketing.