Viver em um mundo cada vez mais apertado tem suas desvantagens, e uma delas é escancarar as diferenças.
Se, algum dia, os estágios de desenvolvimento dos países já pareceram consequência da evolução histórica de suas culturas e portanto, o atraso era tolerável, hoje ele é desesperador.
A evolução não é necessariamente progressista, linear e tampouco inexorável. O pobre pode ficar mais pobre. O ignorante mais ignorante, o doente mais doente, o careta mais careta. Portanto tudo pode piorar e como dá muito menos trabalho piorar do que melhorar, essa é a regra.
No Brasil, no entanto, uma espécie de miopia patriótica contaminou nosso senso analítico. É atávico acreditar que as coisas vão sempre melhorar. E porque dias melhores sempre virão – é nossa bandeira – a gente não exercitou a dialética. Não sabemos e não gostamos de pensar, elaborar, argumentar.
Por aqui, toda crítica de ideias vira crítica pessoal. Os debates não terminam em proposições mas em abraços ou tapas. Tem-se medo do confronto, por simples covardia, falta de argumentos ou preguiça.
No Brasil, a pior piada vence a melhor das teses, sempre.
Verdade – bom texto. RT @Alphen: O mau humor é crime e a crítica, pecado – http://t.co/Lb1hhjst
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