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Ambientalismo é controle de natalidade

Por ano, nascem 16 mil bebês só na cidade de Campinas e quando eu nasci, a população do mundo era metade da atual.

Se tem tanta gente no mundo, escolhas são feitas, na marra ou na paz, não tem solução porque não cabe tantos humanos consumindo, comendo e cagando. Não se faz censo de morcego, embora eles sejam a maior população de mamíferos da Terra, nem de vírus, os manda-chuvas do planeta, mas alguns deles contaram que antigamente era mais ou menos o mesmo número. Enfim, o homem não é nada sustentável e por mais que se esforcem os discursos que abraçam árvores, a única solução sustentável é sustar a parição ou conformar-se com o leite derramado.

Os ambientalistas são os novos inquisidores e, travestidos de pacíficos silvícolas de bem com a vida, o dedo está sempre em riste no seu nariz ou – pior – o punhal cravando sua consciência a cada bala que você compra, come e cospe fora. Mas ficou muito fora de moda falar de controle de natalidade – coisa de chinês totalitário – e sequer se arriscam eles a debater o aborto que já ajudava um pouco (dizem que no Brasil, tem um milhão de abortos clandestinos).

Tem uns até mais alucinados que acreditam que o homem foi criado por Deus e da costela do primogênito pedaço de lama moldada, nasceu a mulher. E vociferam com a Bíblia na mão: não matarás e não treparás com camisinha.

No fundo, no fundo, todo ambientalista secreta uma mórbida torcida pela vingança de Gaia, pelos tornados, terremotos e tsunamis para poder gargarejar: “não falei que você não pode jogar sua guimba no bueiro?”

Nunca se viu um único dizendo “ufa, que bom, menos gente na Terra, logo mais aquifoláceas naturais pro meu chimarrão de cabaça orgânica”.

É triste a terra ardendo mas é mais triste a criança chorando.