Desligar o Facebook não mata ninguém

Sabe aquele seu amigo que sabe de tudo, lê tudo, indica coisas que você nunca suspeitou que existissem? Sabe aquele cara que é sempre o primeiro a dar uma informação, aquele máquina de dados? O cara que posta opinião sobre tudo e todos, com farta exemplificação? Em suma, o sujeito que lê todas as revistas e principalmente aquelas de auto-ajuda empresarial? Você não morre de inveja de suas citações tão apropriadas, de sua memória, de seus “veja bem”, “olha só”, “você não leu na Fast Company”?

De dar complexo de inferioridade.

Mas a revanche é pensar que muitos não passam de  empreendedores de social games, terroristas de apartamento, revolucionários de power points, artistas de mash-up. Replicam com sofreguidão, muitas vezes sem filtro nem senso crítico, o que peneiram por aí.

Quem muito planeja, pouco se arrisca. Tanta erudição é um disfarce para esconder limitações criativas ou só muita insegurança.

Essas pessoas são pródigas e, depois que inventaram a Internet, elas se multiplicaram assustadoramente. A tal ponto, que as vezes, é de se pensar que a facilidade de acesso à informação é um veneno, uma trava, um inibidor de coragem e criatividade.

Menos Internet as vezes é um bom remédio. Mas que difícil.

 

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