Num conto futurista (Tofler, ou seria Bradbury? ou Asimov?), a sociedade era comandado por um computador provedor e um sistema ideológico de controle das tarefas dos homens. Uma espécie de “Tempos Modernos” exacerbado: “Aperta seu parafuso, Mané, e nem pense em saber em que porca ele irá se meter”. Um dia, a máquina pifa, e os Mané se apavoram sem saber como restabelecer a ecologia do mundo. Até descobrirem o último desempregado generalista capaz de colar os infinitos destroços da humanidade.
O mundo é uma ecologia de destroçados. Um quebra-cabeças de… de… como podemos chamar isso? …sei lá eu… dijaines?
Dijaine gráfico, Web dijaine, dijaine de interior, dijaine de moda, hair dijaine, dijaine odontológico, cirurgia de dijaine estomacal e dijaine futebolístico. Dijaine de parafusos e porcas. Dijaine molecular, atômico, subatômico, quântico.
Já que não sabemos mais descrever as moscas que penteamos, a gente usa a mais dijaine das tendências literárias: dijaine.
E a ditadura do dijaine nos persegue, encarcera, oprime. Se não for dijaine, é primitivo. Dijaine é o avesso de natural. Dijaine é o contrario de intuitivo.
Adão comeu a maçã e criou o dijaine para disfarçar seus pudores.
O dijaine é o prozac hype para o drama de nossa condição de primatas metidos a besta.
(em tempo: dijaine é marca registrada de Ricardo Freire dijainer de viagens)
Oi Fernanda
parabéns pelo post. Adorei as analogias e comparativos e a forma humorada com que colocas algo tão do nosso dia a dia. Farei um link para o meu blog.
Abs
Augusta
Glasfurd & Walker Design: via http://bit.ly/9tUBeM