Preguiça de Internet

Todos os artigos, todas as reuniões, todos os briefings, eventos, Power-points, showcases e papos de corredor comungam o mesmo mantra: “Internet geeennnte!” e de carona, ainda dá pra ouvir “se tu quer fazer algo na Internet, se liga que tu não vai poder ter controle sobre tudo, se liga que é tudo pulverizado, se liga que dá pra mensurar, se liga que ninguém quer ouvir uma marca, blablabla”.

A unanimidade também faz uma novena: “Mídia morta geeennnte” e na boléia ainda se cacareja “se liga que GRP é uma medida aproximada, as audiências estão caindo ou são artificialmente infladas, o jovem odeia isso, a classe C é aquilo, os formadores de opinião aquilo outro, tralala”.

Perdeu a graça. Todo mundo concorda tanto com tudo que já dá vontade de torcer para que caiam todos do cavalo. Todos os arautos do fato consumado, os profetas da obviedade e os evangelistas da causa ganha.

Parece mais difícil fazer um comercial blockbuster do que uma estratégia de mídias sociais acachapante. E a matemática da fantasia faz um baita efeito nas apresentações.

Sabe a meta do milhão da Internet que vale mais do que dez milhões na TV (média de um programa meia bomba num horário idem na rede Globo)? A menos que a gente seja mulher de malando, o milhão quimérico de lá deve custar mais que os dez milhões garantidos de cá.

Não é desejo de polêmica, é desejo de justiça. O pêndulo está bêbado novamente. Visionário aquele que fizer uma campanha que não tenha nada na Internet nem brand-experience, nem brand-content, nem brand-coisa-nenhuma.

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