O Paraná seria por acaso uma colônia pré-histórica no cafundó da galáxia? A Internet de lá funciona a lenha? Estariam seus autóctones lutando contra uma espécie de barbárie digital?
Parece que o Tribunal de Justiça de lá declarou ilícito o uso de softwares “que possibilitam a conexão às redes peer-to-peer”.
Ô Xisto (Pereira, relator da decisão) se liga na parada: quer dizer que o infrator é o neguinho que produz um software? Tipo assim, que tal você proibir as montadoras de carro porque tem nego que dirige embriagado?
Ô da toga (douto desembargador) presta atenção: o que você acha que vai conseguir com isso? Que os meliantes de direito autoral se matem por falta de opção? Que eles vão ter que sair do Estado para poder cometer seus crimes?
Ô Xistô! Acorda mano: a pesquisa F/Radar, feita pelo Datafolha, com mais de 2000 entrevistados em todo país (até no Paraná, veja só!) dá conta do seguinte:
– 48% dos brasileiros acima dos 16 anos costumam baixar músicas e filmes da Internet.
– 52% dos brasileiros acima dos 16 anos afirmam já terem comprado (e continuarão comprando) CDs piratas em camelôs (47% para DVDs)
E sabe por que a pesquisa não perguntou diretamente “baixar musica ilegal na Internet” ? Simplesmente porque ninguém ia entender a pergunta, de tão absurda. “Como assim, tem algum jeito legal?” ou “Ué, é ilegal?”
Sacou o drama? Não vai ter lei nem meganha suficiente para coibir tanto fora da lei.
“Lex non docet” não se aplica a tanta gente.
Ô Xistô, pô, tenha dó dos seus conterrâneos.
@MaluBastos que bom que voce gostou, agora fazer campanha contra a pirataria, pois ate na 25 de marco ja acha esse filme, um absurdo!!