E se a Internet não passasse de um complô divino para deixar as pessoas mais confusas, menos informadas e mais superficiais?
Não é totalmente imbecil considerar a absurda hipótese, nem que seja para fins de análise de cenário. Afinal de contas, bastam algumas pequenas auto-observações para configurar a dúvida.
A nossa conexão hiperbólica consome tempo, muito tempo. É, portanto, vital para acompanhar o ritmo do mundo moderno, fragmentar nossos mergulhos – ricochetes – nos conteúdos.
Lemos manchetes cada vez mais resumidas, cada vez mais superlativas, nos portais de notícias cada vez mais sintéticos. Ou contentamo-nos com os verbetes do Google. Ou com os comentários nas nossas redes que dão conta da necessária credibilidade. Conteúdos em vídeos que passam de insuportáveis 5 minutos são zapping certo. E o tempo médio de permanência num site se mede em minutos quando o tempo médio de leitura de jornal se mede (ou media) em horas, da TV, dias.
Mas continuamos desesperadamente ocupados, com nossas vidas completamente cronometradas. E nosso lazer não se mede mais em horas, mas em minutos; nosso sono, em horas; nossa vida, em meses.
Não parece que estamos mais informados nem mais cultos. Só mais rápidos.
De concreto mesmo, por enquanto, a Internet nos trouxe falta de tempo. O resto são votos piedosos.
Internet: perda de tempo – http://www.alphen.com.br/2010/06/01/inte…
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@Alphen eu sempre provoco a plateia: se internet fosse tao transformadora teriamos um einstein a cada esquina. temos?
@renedepaula um einstein a cada esquina nao sei, mas um bigbrother temos
@Alphen some 1984 com brave new world 🙂 tipo isso
vc poderia ter escrito que estamos mais afobados.