Compra-se lápis, papel higiênico e propaganda

Muitas linhas já foram derramadas sobre concorrências entre agências de comunicação. É uma unanimidade vociferar contra, mas assim mesmo, a prática virou regra, e virou regra porque aceitam-se as regras, sem piar.

Não adianta chorar, nem cacarejar: concorrência não é a melhor maneira de escolher uma agência mas é a única.

No entanto, existe um pequeno detalhe, singelo, que poderia trazer alento nessa briga de foice entre cegos famintos. Um educado gesto de civilidade e honestidade numa arena gelada: feedback. Quem promove uma concorrência poderia ter, mais vezes, a decência de avaliar os concorrentes.

Em um jogo de futebol ou numa rinha, o resultado da concorrência nem sempre premia o melhor, o mais esforçado, o mais talentoso. Mas pelo menos, ao final, sabe-se que o time ou o galo perdeu porque estava cansado, distraído, emocionalmente despreparado ou simplesmente fez as escolhas erradas. Ou quem sabe foi a culpa do juiz safado. Sai-se melhor do que se entrou. Mais sábio, mais inteligente, mais calejado, mais aguerrido.

Respeito e transparência é para os românticos. Na propaganda, é a tesouraria quem manda.

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