O ciclo de qualquer inovação é invariável. Primeiro a gente ignora: o Twitter é a praia marginal de meia dúzia de nerds alérgicos à socialização. Depois, quando a coisa começa a pegar, melhor achincalhar: Twitter é para fedelhos que disfarçam a barriga com uma vaidade proporcional a seu (pouco) senso de ridículo. A terceira fase é apelar para a violência: o Twitter disfarça sociopatias perigosas. E finalmente, com um passe de mágica, a novidade é incorporada como o ar que se respira.
Sócrates (o grego) tinha receios da escrita, tratando a “invenção” de malefício perigoso por dispensar os homens do exercício da memória.
Henry Thoreau, uma espécie de ecologista primitivo, criticou duramente o telégrafo, denunciando essa pressa que a América demonstrava em implantar a invenção, perguntando-se ironicamente “o que o Maine e o Texas teriam de tão importante para comunicar um ao outro”.
30 anos mais tarde, Samuel Morse esnobava o telefone, recusando inclusive alguns direitos que a Western Union lhe propunha pela invenção. Ele dizia que o telefone era inútil uma vez que não era capaz de conservar de forma durável uma conversa.
Nos anos 30, o New York Times criticava a máquina de escrever que havia se tornado popular nos Estados Unidos, considerando-a um atentado “à arte de escrever com a própria mão”.
Sobre o computador e a Internet algumas atas caretas que circulam nos debates públicos dos políticos jurássicos que nos governam, bastam.
Criticar também é tirar a roupa. Mas que é gostoso, isso é.
Olha, posso não ter entendido o texto completamente, mas esse ciclo do Twitter não ocorreu bem assim não… e quando ele foi lançado, não houve muita crítica, foi visto como mais uma criação dos inventores do Blogger que iria logo mais se tornar uma febre… li várias reportagens do gênero em 2007…
Talvez o mundo esteja se tornando menos crítico então, será?
Ou criticar anda perdendo a graça!
Algo para se pensar.